O Conselho Federal de Medicina (CFM) se manifestou ontem sobre o anúncio do governo de Cuba de retirada de seus profissionais do Programa Mais Médicos. Em nota divulgada à imprensa, o CFM afirma que o Brasil conta com médicos formados em número suficiente para atender às demandas da população.
“Para estimular a fixação dos médicos brasileiros em áreas distantes e de difícil provimento, o governo deve prever a criação de uma carreira de Estado para o médico, com a obrigação dos gestores de oferecerem o suporte para sua atuação, assim como remuneração adequada”, diz a nota divulgada pelo conselho.
Confira a íntegra da nota.
NOTA À SOCIEDADE BRASILEIRA
Diante do anúncio feito pelo Governo de Cuba de retirada de seus intercambistas dos quadros do Programa Mais Médicos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) vem a público reiterar que:
1)O Brasil conta com médicos formados no País em número suficiente para atender às demandas da população;
2)Historicamente, os médicos brasileiros têm atuado, mesmo sob condições adversas, sempre em respeito ao seu compromisso com a sociedade;
3)Cabe ao Governo – nos diferentes níveis de gestão – oferecer aos médicos brasileiros condições adequadas para atender a população, ou seja, infraestrutura de trabalho, apoio de equipe multidisciplinar, acesso a exames e a uma rede de referência para encaminhamento de casos mais graves;
4)Para estimular a fixação dos médicos brasileiros em áreas distantes e de difícil provimento, o Governo deve prever a criação de uma carreira de Estado para o médico, com a obrigação dos gestores de oferecerem o suporte para sua atuação, assim como remuneração adequada.
5)Esses pontos constam do Manifesto dos Médicos em Defesa da Saúde, encaminhado a todos os candidatos nas Eleições Gerais de 2018, ainda no primeiro turno.
Comprometido com a Nação, a ser construída com base na ética e na justiça, o CFM se coloca a disposição do Governo para contribuir com a construção de soluções para os problemas que afetam o sistema de saúde brasileiro.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
Atuação dos médicos cubanos por meio do Programa Mais Médicos
Os médicos intercambistas cooperados (cubanos), que atuam na Atenção Básica, exercem a Medicina de Saúde da Família e da Comunidade, desenvolvendo processos de trabalho nas áreas de promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos sensíveis à atenção básica, bem como cuidados em saúde mental (desmedicalizando, inclusive) e reabilitação com apoio dos Núcleos de Apoio ao Saúde da Família. Procuram atuar no manejo das doenças e condições crônicas, em práticas que valorizam mudanças de estilos de vida e outras situações que demandam a produção de vínculos e apoio a autonomia dos usuários do SUS para práticas orientados de auto-cuidado.
 
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