Processo Seletivo Publicado novo edital do Mais Médicos: RN terá 139 vagas

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O edital do Programa Mais Médicos que será publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira, 20, destinará ao Rio Grande do Norte 139 vagas. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 19, pelo ministro Saúde, Gilberto Occhi, em entrevista  coletiva. Em todo o Brasil, serão ofertadas 8.517 vagas para atuação em 2.824 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas, os DSEI, que antes eram ocupadas por médicos da cooperação com Cuba. Somente no Nordeste, o número chega a 2.824 vagas.

As inscrições começam a partir das 8h desta quarta-feira, 21, e seguem até o dia 25 deste mês. Poderão concorrer os médicos brasileiros com CRM Brasil ou com diploma revalidado no país. Os profissionais podem se inscrever por meio do site oficial do programa, o maismedicos.gov.br. O início das atividades está previsto para 3 de dezembro.

De acordo com o Ministério da Saúde, o edital é a medida emergencial adotada pelo governo brasileiro para garantir a assistência em locais que contam com profissionais de Cuba, após o comunicado da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no qual o governo cubano informa que encerrou a cooperação no programa Mais Médicos.

Segundo o ministro Gilberto Occhi, 17 mil médicos brasileiros aguardam a divulgação desses editais. Occhi anunciou ainda que o governo estuda uma "forma mais ágil e mais rápida para implantação de um novo Revalida, para que médicos brasileiros formados no exterior possam exercer a sua profissão com segurança".

'Situação no RN é complicada', afirma coordenadora do Mais Médicos 

Em matéria publicada pela TRIBUNA DO NORTE na última quinta, 17, a Comissão Estadual do  Mais Médicos afirmou que a saída dos profissionais cubanos do programa pode afetar a vida de 489,9 mil pessoas em 77 cidades do Rio Grande do Norte. Em oito cidades, a situação é considerada “crítica”, porque 100% do programa é composto por Cubanos. Em 21 cidades, a perda do auxílio médico será superior a 50% da cobertura.

Segundo Ivana Fernandes,  coordenadora do “Mais Médicos” no RN, o período em que a cooperação foi encerrada e a retirada dos médicos cubanos foi anunciada é “preocupante, porque é uma época que muitos médicos brasileiros tentam a prova de residência”, analisou a coordenadora. Segundo Ivana Fernandes, o “Mais Médicos” é um  “trampolim para residência”. “Os formados trabalham por um tempo como um rito de passagem, para juntar dinheiro, para pagar o Fies”, disse. 

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Medicina do RN (Cremern), o médico Marcos Lima de Freitas, os conselheiros entendem que a substituição de vagas prevista no edital faz com que não haja prejuízo para os municípios.

Na avaliação do Cremern, como comenta Marcos Lima, “os médicos brasileiros foram demitidos para acomodar profissionais provenientes de Cuba em todo país. Há registros de municípios nos quais o número de profissionais foi reduzido. A razão médico/habitantes no nosso país se assemelha a de países que oferecem uma boa assistência à saúde dos seus cidadãos. Portanto, teremos médicos brasileiros suficientes”.

Mais Médicos

Criado em 2013, o Programa Mais Médicos conta com 18.240 vagas em mais de 4 mil municípios e 34 DSEIs, levando assistência para cerca de 63 milhões de brasileiros.

Os profissionais do Mais Médicos recebem bolsa-formação (atualmente no valor de R$ 11,8 mil) e uma ajuda de custo inicial entre R$ 10 e R$ 30 mil para deslocamento para o município de atuação. Além disso, todos têm a moradia e a alimentação custeadas pelas prefeituras. Desde 2017, a pasta passou a reajustar o valor da bolsa anualmente, e concedeu, também, um acréscimo de 10% nos auxílios moradia e alimentação de profissionais alocados em DSEI.

Com informações da Tribuna do Norte 

 

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