Doe Mais RN Projeto criado por médico potiguar incentiva doações 

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Passar por uma doença nunca é fácil, ainda mais quando se recebe o diagnóstico de um câncer avançado com apenas 27 anos de idade. Curado de um linfoma, o médico potiguar, Dr. Gustavo Graco, resolveu utilizar sua história de vida e superação como forma de ajudar outras pessoas, levando-o a criar o projeto 'Doe Mais RN', que tem como principal objetivo passar informações e eliminar mitos sobre doações de sangue, de cabelo, de medula óssea, leite materno e demais necessidades que sustentem a vida.
“A ideia veio da necessidade de passar e esclarecer informações para o cidadão. Quem sabe onde a unidade móvel do Hemonorte se encontra num determinado dia na semana e qual seu horário de funcionamento?. Então, nosso trabalho vai ajudar nisso, na prospecção e engajamento de novos doadores”, explicou.
Além da doação de sangue, o projeto vai desenvolver também ações para o aumento nos bancos de leite da cidade. “São várias pessoas querendo doar leite, mas acaba faltando até potes de vidro. É um problema pequeno que acaba prejudicando a vida de uma criança”, lamentou.O Doe Mais RN inclui ainda as pessoas que enfrentam o tratamento do câncer e acabam perdendo os cabelos. O médico ressaltou a falta de informações para a doação de material para a confecção de próteses capilares. Além disso, ele falou que o projeto pretende contar com costureiros e cabeleireiros voluntários.
“Muitas pessoas estão fazendo mudanças radicais nos cabelos e deixando-os curtos, mas esse cabelo cortado é jogado fora por essas pessoas não saberem que podem doar”, disse.
Graco contou que no final de 2016 descobriu que estava com o linfoma em estágio avançado. Então, iniciou o tratamento e após algumas sessões de quimioterapia, a doença havia sumido. Contudo, pouco depois, o câncer retornou e de forma ainda mais severa.
“Precisei passar por um tratamento ainda mais pesado e foi necessário fazer o transplante de medula óssea, fiquei um mês internado. Tive um momento espiritual muito forte. No meio de 2017, eu fiz um exame que apontou que a doença havia sumido”, relembrou.
Com o histórico de vitória, Graco disse que pretende realizar palestras para contar sobre sua batalha, além de conquistar novos doadores de medula, que não precisa de avaliação médica inicial para o cadastramento, bastando apenas preencher o formulário, ouvir orientações da assistente social e retirar 5 ml de sangue com um técnico de enfermagem. “Num evento desse para 100 pessoas, por exemplo, quantos novos doadores poderiam se cadastrar no sistema de doações?”, questionou.
A ideia do Doe Mais RN é conseguir atingir a população por meio das redes sociais com ajuda de influenciadores digitais, publicitários, jornalistas e outros artistas. “Esses órgãos públicos não têm verbas suficientes para desenvolverem esse trabalho. Então, entrei em contato com eles para trabalhar em forma de parceria”, finalizou.

Com informações do Portal no Ar 

 

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